Recentemente pudemos acompanhar pelas redes sociais antes e após os resultados das eleições, uma comoção generalizada que tomou conta do povo brasileiro.
Não foram poucas as ofensas verbais dos internautas, que enraivecidos e inconformados, descontavam seu descontentamento nos mais diversos grupos de pessoas e regiões que não comungavam com suas opiniões.
Deixando a política de lado, começamos a refletir sobre o que foi todo aquele mar de ofensas, desrespeito com o próximo e intolerância com a opinião e livre arbítrio alheio.
Bem explica a famosa frase: "Que a boca fala do que o coração está cheio"
E aqui fica a pergunta que não quer calar. Quem somos nós e do que verdadeiramente somos capazes?
Será que somos lobos vestidos em pele de cordeiro?
Será que nós mesmos sabemos do que somos capazes quando nos sentimos ameaçados, acuados, quando o medo do desconhecido bate a nossa porta?
Fica muito difícil analisar o que se passou pela mente de cada um num momento de extrema importância que vivemos.
O fato é que é necessário admitir que usamos inúmeras máscaras e que elas caem dependendo dos sentimentos, pensamentos e emoções que vivenciamos.
Para nos proteger do desconhecido ou até mesmo pela falta de bom senso, precisamos admitir que ainda estamos muito longe da sabedoria em nossas palavras e ações.
Quando as máscaras caem, o ser humano mostra ao mundo sua fragilidade e imaturidade em que se encontra.
Muitas pessoas, para explicar sua fraqueza e dificuldade em vencer suas mazelas, alegam a imperfeição do ser humano.
É certo que cada espírito está num patamar de evolução e muitos ainda tem dificuldades em sair do próprio casulo.
Mas nada disso pode servir de desculpas para retardar o crescimento espiritual de cada um.
É chegada a hora de escolher qual o caminho a seguir, se o caminho do Bem ou do Mal.
Salientando que o mal é também aquele no qual não se pratica o bem.
A omissão e o egoísmo são os principais responsáveis pelo descaminho e decadência do ser humano.
O "céu" e "inferno" está dentro do ser humano e depende de cada um se tornar melhor, para pelo menos vivenciar com tranquilidade e coragem o que o futuro trará.
Não se pode mais alegar ignorância das coisas espirituais, quando o Mestre Jesus nos deixou um grande legado com seus ensinamentos.
Ao deixar a frase "Amai ao próximo como a si mesmo", Ele não nos pediu que nos tornássemos hipócritas por querer sentir algo que ainda não temos condições de sentir.
Mais explicitamente quis dizer que pelo menos, "não fizéssemos ao próximo, o que não queremos para nós mesmos"
Se ainda não temos condições de amar, que saibamos respeitar nosso semelhante, usando a educação, a gentileza e a atenção como lema em nossas vidas, para que nossos atos e ações sejam o espelho que irá refletir em nós mesmos.
Por: Rita Ramos Cordeiro
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